sábado, 22 de novembro de 2014

Prioridades e Opções - Marmalade Boy

Considero um baita problema quando você prioriza os sentimentos por uma pessoa que te coloca como opção... fica pior quando você é a última opção... fica insuportável  quando sequer é a última opção... ou sequer faz parte da lista de opções... seja como for, considero inaceitável...


Eventualmente esbarro com algum roteiro em que o tema central são os desencontros afetivos... fica insuportável quando esses desencontros prolongam-se indefinidamente por mais de setenta episódios, e tudo se resolve como  se fosse um folhetim barato, no último episódio...

Obviamente que nós gostamos do: “ E viveram felizes para sempre...”

Talvez a nossa sede por um final feliz seja apenas reflexo do nosso anseio por um “final feliz” em nossa vida...  que seja eterno pela eternidade... e não apenas como na frase imortal do poeta... : “Que seja eterno enquanto dure...”

Todos nós queremos uma felicidade eterna, não apenas como uma nuvem passageira...

Mas em alguns animes, particularmente esse, parece que o roteirista é um sujeito [ou sujeita... >.<] cheio de recalques, que gosta de impor sofrimento à [anti] heroína da história...

O que tornou esse roteiro cansativo foi a repetição de triângulos amorosos... beirou a completa falta de criatividade...

Mas o que me deixa realmente perplexa, é a total falta de noção de alguns personagens...  embora a minha intuição me sopre no ouvido que é bem possível que existam pessoas mais sem noção do que alguns personagens desse anime... >.<


Primeiro indicador de sem noção: personagens que se acham ideais para formar um casal com outro determinado personagem...

Isso acontece na vida real, e em alguns casos tem nome... e não é nem um pouco legal... ¬¬

É o caso de uma pirralha que sabe do envolvimento e sentimentos do Yuu, e mesmo assim, se acha no direito de atrapalhar a vida da Miki, só porque a tal pirralha que eu esqueço o nome para a minha felicidade... >.< é modelo profissional, filhinha de papai, patricinha, bonitinha e... pirralha... muito pirralha... ¬¬



Segundo indicador de sem noção:  o primo do Ginta, que eu também nem quero lembrar o nome... ¬¬ ... [seria fácil dar nomes aos bois, mas eles tornam-se um verdadeiro estorvo ao longo dos episódios... ]. No início poderia até ser engraçado... mas perdeu a graça de tão repetitivo o comportamento do tal primo...

Terceiro indicador de sem noção:  a amiga do Yuu que sempre foi apaixonada por ele, nunca se declarou, cresceu, tornou-se violinista... e resolveu aparecer só pra dizer que não se importa em ser a segunda no coração do amado...

O.õ... oi???? ... essa me fez dropar o anime... Sim... Sim... dropei... o meu estômago deu sinal de vida depois dessa...

Então... como eu sei que  tem – “final feliz” - ???  

Simples... antes de perder meu precioso tempo com a sucessão de mesmices do anime em questão, eu usei o artifício de sempre e fui lá para o último episódio... poderia ter ido quando assisti o primeiro, mas... nada nesse mundo é perfeito... >.< ...

Não é por ser um anime antigo... foi produzido em 1994, e a história original é do mangá.

Não é porque é shoujo. Eu gosto de shoujo...  Mas esse deixou muito a desejar...

Normalmente eu prefiro os enredos mais antigos... são sem sombra de dúvida os melhores...

E na minha opinião, esse anime tinha todos os ingredientes para ser excelente... mas na minha opinião... simplesmente não foi... não aconteceu...

E eu estou até agora perguntando o porquê...

Claro que eu li outros autores sobre esse anime... e até onde pude perceber, ninguém teve uma opinião sequer parecida com a minha... >.< ... o anime é considerado um clássico... isso é unânime...

E é... um clássico... mas não quer dizer que seja esse protótipo de perfeição... longe disso...

Depois de algum tempo a gente passa a simpatizar com a Miki, apesar de atrapalhada, indecisa e 
insegura, ela não tem a intensão de magoar ninguém... não tem a intensão de atrapalhar a vida de ninguém... ela definitivamente não faz mal a ninguém... não é convencida, nem arrogante, como a tal pirralha – Suzu – mencionada anteriormente... 

Infelizmente... a Miki não tem carisma... o mesmo já não acontece com a sua melhor amiga Meiko, que bem poderia ser a personagem principal...


A Meiko tem uma personalidade mais madura e uma história mais densa... eu diria que ela é o lado sério do enredo... está presa a um amor proibido...  infelizmente seu amado não é tão determinado quanto ela... apesar de ser considerado “velho”... >.<

O rapaz tem só 23 anos na história e já é velho? Aff... nem vou entrar nesses méritos... >.< ... é uma questão cultural... porém... tem lá suas  incoerências...  são retratos da vida...

Falando em incoerências, tem o Yuu... que se tornou um tipo de irmão da Miki,  apaixonou-se por ela... quase nunca assumiu  e trouxe muito sofrimento para a vida da atrapalhada Miki... acima de tudo, o tal Yuu me parece um tanto leviano... também não é um sujeito de atitude... ele simplesmente não esclarece a situação com as suas tietes...  Não gosto desse tipo de atitude... omissão...

O cara simplesmente não dispensa as outras meninas com todas as letras... deixa que elas se intrometam na vida dele, faz a Miki sofrer e continua vivendo seus dias tranquilamente como se a Miki fosse apenas mais uma...

Não posso deixar o Ginta fora dessa lista de personagens que tinham tudo pra ser, mas, não foram... >.< ... esse é um cara legal... normal... mas foi preciso perceber que poderia perder a Miki, pra assumir seus sentimentos... pobre Ginta...

O Ginta é primo daquele sujeito chato que vive correndo atrás da Arimi, que não larga do pé do Yuu... e assim passamos metade do anime... ¬¬ ... 

Eu diria mesmo que o Ginta tem algum carisma... infelizmente, o personagem ficou relegado ao cargo de coadjuvante... mesmo sendo amigo da Miki...  seus pontos altos na história foram bem poucos, assim como o Sato-san...

Resumindo: os personagens realmente legais são apenas coadjuvantes... ¬¬ ... contudo, sem eles não haveria história para tantos episódios...

Mas isso não é meio incoerente? ... Sim... um pouco... vai entender... >.<

Ao longo da história, pelo menos até a parte onde parei, foi possível constatar que a Miki amadureceu... alguma coisa... sofreu sem desfigurar seu coração singelo... sem perder a meiguice...

Houve momento que eu até fiz torcida para que a Miki ficasse com o Sato-san [ Miwa Satoshi], já que foi o personagem masculino que eu realmente amei...  foi o mais coerente do início ao fim... o mais simpático...  e o único realmente carismático...

Mas ele apaixonou-se pela Meiko... e ele sim... fez tudo o que esteve ao seu alcance, e fora do seu alcance também...  para que ela fosse feliz... mesmo que não fosse com ele...

A trilha do anime não me empolgou muito, aliás... nada empolgante... >.< ... exceção à música apresentada no festival cultural da escola que as personagens frequentam e que no anime foi interpretada pelo Yuu...

É a segunda música de encerramento, mas, os ouvidos mais sensíveis perceberão que a letra da apresentação do festival é uma, e a letra do encerramento é outra... ou quase...  contudo, as duas letras expressam exatamente a essência da história...

O vídeo é antigo... e não existe legenda em pt-br... eu peguei a cópia que está em pt-pt... não pense que não dificulta um pouco a percepção... o contexto dos nossos compadres não é necessariamente o nosso...

Infelizmente, os torrents que  eu encontrei para legendar, estão mortos e eu não consegui a série completa... :’( ...

Apesar de uma sequência irritante e interminável de triângulos amorosos, o roteiro tem seus pontos altos e positivos... porém, considero ainda que foi muito mal explorado...  enfim... se a história fosse minha, eu tentaria ser no mínimo, mais criativa... >.<

O ponto mais forte é que, aos poucos todos os personagens foram se resolvendo afetivamente... ou melhor... quase todos... >.< ... digamos que a maioria teve um final feliz...

A história em si envolve alguns mistérios, como a ligação entre o Yuu e o Sato-san, beirando um pouco a comédia, porque leva a crer que existe alguma relação “intima” entre eles... o que leva a uma série de situações duvidosas e cômicas...

Há também a questão do segredo do Yuu, que apenas é mostrado como uma tristeza que faz pesar o coração do rapaz... leva um tempo para que essa questão seja abordada abertamente no anime... isso faz com que o personagem seja introspectivo na maior parte do tempo... é possível perceber que ele não consegue ser feliz...  e essa infelicidade acaba por quase destruir a Miki...

Hummm... “tá bom”...  acho que não é pra tanto... mas fez um grande estrago...  hum... ainda não é pra tanto... >.<  ...  resumindo: o idiota não consegue ser feliz, não conta o segredo pra Miki e ela fica sofrendo achando que a culpa é dela...  Pronto... falei... >.<

E também , logo no início, surge o relacionamento misterioso da Meiko... essa questão será uma prova de fogo para as duas amigas... foi uma questão muito bem abordada, e bem desenvolvida...


A grande sacada desse anime é que todas as questões que vão surgindo, gradativamente vão sendo resolvidas... o que pegou foi que em alguns momentos a narrativa ficou arrastada... um desfecho mais objetivo para algumas questões seria mais aprazível...

A meu ver, definitivamente o casal Miki-Yuu não emplacou... e apesar de torcer pela felicidade da Meiko, eu ainda preferia o Satochi como personagem masculino principal e nesse caso, optaria pela felicidade do casal Meiko-Satoshi, e eles seriam o casal chave da história... >.<

Eu li em algum lugar entre várias resenhas, que na história original o Yuu e a Miki seriam irmãos de sangue, e sendo assim, não poderiam ficar juntos no final... e que o personagem central da trama seria o Yuu... tendo em vista que essas ideias não foram desenvolvidas no mangá,  nem no anime, talvez não tenha sido do agrado dos produtores e patrocinadores...  e diga-se de passagem, creio que ficou melhor do jeito que foi feito... a ideia original teria um desfecho frustrante... ¬¬ ...


Eu particularmente não tive paciência de encarar Marmalade Boy até o derradeiro episódio... mas recomendo para os corações sedentos de paixão, pois é um bom entretenimento...

Bom – apenas isso... e nada mais...


Até uma próxima... 


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